O público curtiu e o evento alcançou o seu objetivo de levar as pessoas a refletirem sobre os malefícios do cigarro à saúde. O motorista Mário Ribeiro Fonseca Nunes, 47 anos, parou para participar do evento e contou que fuma desde os 14 anos. “Ainda não consegui parar, embora seja um pedido da minha filha mais velha. Estou tentando, mas ajuda em grupo eu sinto-me envergonhado”. Para casos como o dele, há o tratamento individual desenvolvido pela Área Técnica que conta com equipe multidisciplinar composta por enfermeiro, fisioterapeuta, dentista, nutricionista e psicólogo.
A ATPCT atende também grupos de pessoas que querem parar de fumar cigarro branco, de palha ou eletrônico. A gerente de Vigilância em Saúde, enfermeira Elenice Sales, informou que os interessados não precisam de encaminhamento, bastam ir direto à sede do serviço, que funciona à Rua Visconde de Quissamã, 482, no Centro da cidade, e agendar o atendimento individual ou em grupo. O serviço atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Todos passam por avaliação e indicação ao tratamento adequado.
“Este evento é para alertar as pessoas dos riscos do cigarro e informar que a prefeitura oferece este serviço gratuito. A apresentação do coral foi especial porque cultura é saúde. Quando falamos de cultura, falamos de saúde”, disse Elenice.
A procura foi grande para aferir a pressão arterial e até jovens entraram na fila, como a estudante Camila Freitas, 23 anos. “Não tem idade para cuidar da saúde. Nunca fumei. Amo cuidar da minha saúde”, enfatizou. A diarista Joana Gomes Pereira, 53 anos, disse que parou de fumar há dois anos, mas sempre vem a vontade de voltar. “Preciso ser forte para manter o meu corpo limpo porque cigarro é um mal. Parei aqui (no evento) para lembrar que perdi anos de saúde fumando”, reforçou.
A aposentada Euzeline Farias, 67 anos, aproveitou a ação para aferir a sua pressão arterial. Estava tudo bem, mas ela disse que foi fumante “passiva” a vida toda por conta do marido que fuma há 52 anos, desde que se conheceram. “Hoje ele está cheio de problemas de saúde, anda com dificuldade, está com um pulmão ruim. Eu nunca fumei”, disse.
Rodrigo Barreto Ferreira, 34 anos, disse que trabalha como frentista e, por conta do trabalho, passa horas sem fumar. “Mas sou daqueles que se tiver pouco dinheiro compro primeiro o maço de cigarro. Esse evento me fez pensar porque o que gasto com um maço dá para comprar alimentos para o meu filho que tem um aninho”, refletiu.
Durante a ação, a equipe da Área Técnica distribuiu folderes com os riscos do cigarro e ilustração da pesquisa de preços mostrando que o maço de cigarros custa, em média, R$ 9,00 cada e daria para comprar 1,3Kg de banana; ou 1,5Kg de laranja; ou 1Kg de batata inglesa; ou 2Kg de arroz; ou 1Kg de feijão; ou 1,5Kg de maçã; ou 1Kg de tomate; ou 800g de cenoura.
Quem precisar de outras informações sobre o serviço para parar de fumar também pode entrar em contato com a Área Técnica pelo telefone (22) 2762.0413. Não esqueçam: “Parar de fumar é possível”, como diz o slogan da ATPCT.
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