Greve dos caminhoneiros provoca falta de alimentos em Macaé e cidades vizinhas

Na Capital do Petróleo, um grande supermercado já tem aviso na entrada, alertando o consumidor sobre a possível falta de produtos.

Supermercados de Macaé e de cidades vizinhas já sofrem com a falta de mercadorias por conta da paralisação dos caminhoneiros. Legumes e verduras como alface, agrião, batata inglesa, cenoura e inhame não foram repostos e já acabaram na maioria dos estabelecimentos.  Os ovos também estão em falta em alguns mercados.  Na Capital do Petróleo, um grande supermercado já tem aviso na entrada, alertando o consumidor sobre a possível falta de produtos.

Normalmente, as mercadorias perecíveis são estocadas no dia anterior à venda. O gerente de uma grande rede de supermercados de Macaé, afirmou que não recebeu mercadorias nesta quarta-feira (23), por conta da greve. Para evitar os bloqueios de caminhoneiros em protesto nas principais vias de acesso à capital, o motorista do mercado fez um trajeto por Angra dos Reis.

“Caminhões que deveriam ter chegado nesta terça não conseguiram manter o prazo. Enviamos um caminhão próprio para Friburgo, que seguiu por um acesso que ainda não está bloqueado, mas até o momento a carga não chegou”, disse.  A situação deve piorar nesta quinta-feira (24).

As sacas que sobraram de pimentão, tomate e repolho já dobraram de preço. Os reflexos dos protestos dos caminhoneiros chegaram à Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ), em Irajá, na Zona Norte do Rio. Dos 340 caminhões que deveriam fazer entregas nesta quarta-feira, cerca de 75 conseguiram chegar ao mercadão. A saca com 50 quilos de batatas, que costuma ser vendida por R$ 70 ou R$ 80, já é comercializada por quase quatro vezes mais: entre R$ 250 e R$ 300.

Os problemas de abastecimento acontecem porque Minas Gerais é um dos principais estados produtores a enviar mercadorias para os estabelecimentos locais. E é exatamente a região que concentra mais pontos de protesto de caminhoneiros.

Na segunda-feira, quando a paralisação começou, houve uma queda de 51% no movimento de caminhões carregados na central. Nesta quarta-feira, a entrada de caminhões carregados caiu 70%.