Suposto acordo de paz entre facções criminosas gera preocupação em Macaé

 Uma publicação que se espalhou pelas redes sociais a partir de segunda-feira (26) e grupos de WhatsApp sugere a existência de um suposto entendimento entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Amigos dos Amigos (ADA). O caso, que alcançou visibilidade nas redes de Macaé, provocou diversos questionamentos na sociedade.

A mensagem afirma que o CV busca um tratamento respeitoso com membros da ADA em todo o Rio, proibindo provocações entre os grupos. O comunicado destaca que esse suposto acordo é uma determinação, não uma sugestão, para os integrantes da maior facção criminosa do Rio.

A reação nas redes sociais ganhou destaque, com internautas expressando opiniões diversas. Um usuário mencionou que o principal obstáculo ainda é Macaé, comentando sobre uma proposta para que todas as áreas, incluindo Lagomar e Cehab, passem a responder ao Monstro, liderança do ADA na cidade do petróleo. Isso resultaria em Macaé inteira sob a bandeira do CV, mas com uma gerência praticamente exclusiva.

Outro comentário ressaltou que seria mais prejudicial para o ADA de Macaé aderir ao CV do que ao TCP, destacando uma possível guerra interna na cidade, enquanto um terceiro afirmou que Macaé já enfrenta uma guerra intensa com o CV.

A crítica foi direcionada ao CV, descrevendo favelas como lixões e questionando a hierarquia na facção. O comentário concluiu que, na perspectiva do autor, um CV bom é um CV morto.

Postagem que circula nas redes aponta para um suposto acordo de paz entre CV e ADAFoto: Reprodução Rede Social

A mensagem adverte que quem não cumprir o acordo será levado ao tribunal do tráfico. É conhecido que na capital fluminense, a ADA possui territórios na Zona Oeste, onde não há confrontos frequentes com o CV. No entanto, no Norte Fluminense, especialmente em Macaé, as duas facções costumam entrar em conflito.

Quanto ao caso, a equipe de reportagem do jornal O Dia – Projeto Cidades tentou contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar no Rio de Janeiro, para obter posicionamento sobre a circular e orientações para a população. Até a publicação deste material, não houve resposta por parte da Polícia Militar nem do 32° Batalhão de Polícia Militar em Macaé. A matéria será atualizada conforme novas informações.

O Dia