Macaé já registra, em 2019, 385 casos de chikungunya, contra 208 no ano passado

O município de Macaé registrou, em 2019, 385 casos confirmados de chikungunya. Segundo a Gerência de Vigilância em Saúde, em relação à dengue, foram 37 casos confirmados neste ano e três de zika vírus. No ano passado, foram 34 ocorrências de dengue e 14 de zika.

A cidade está reforçando o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor das doenças, para conter os casos.
Segundo a Prefeitura de Macaé, os bairros com maior número de ocorrência são Lagomar, Parque Aeroporto, Aroeira, Nova Esperança, Centro, Campo D’Oeste, Miramar e Visconde de Araújo.

O reforço acontece, segundo a prefeitura, na época de constantes chuvas e altas temperaturas. No período, o Estado do Rio de Janeiro vem registrando aumento dos casos das doenças.

Entre as ações em Macaé, estão visitas domiciliares, ações de conscientização e a contratação de agentes de endemias via Processo Seletivo, com objetivo de conter o aumento de casos das doenças.

A Secretaria Municipal de Saúde está realizando também capacitação dos profissionais da rede de saúde, sensibilização da população com palestras em escolas, igrejas, empresas e em locais públicos de grande circulação, pulverização com carro fumacê, distribuição de repelentes nas Unidades de Estratégias de Saúde da Família (ESF) para gestantes, entre outros.
De acordo com a gerente de Vigilância em Saúde, Daniela Bastos, aliada à responsabilidade do Poder Público, a população deve colaborar, fazendo vistoria semanal nas residências e locais de trabalho. São apenas 10 minutos por semana que podem evitar que o mosquito nasça e, consequentemente, as pessoas fiquem doentes.

Ainda segundo Daniela, as notificações estão sendo feitas por meio do critério clínico epidemiológico, já que muitos pacientes fazem o exame antes do oitavo dia do início dos sintomas e o mesmo tem resultado negativo. A sorologia deve ser repetida após o período.
Na última semana, o setor de epidemiologia recebeu a notificação de óbito de um homem de 78 anos, que estava internado em hospital particular. Após o falecimento, foi confirmado por meio de exame laboratorial, que o mesmo estava com chikungunya. Quando o paciente chegou à unidade com dificuldade de sustentação nas pernas, o primeiro exame para chikungunya deu negativo. O quadro evoluiu para pneumonia e sepse. O caso foi encaminhado para a Comissão de Investigação da Secretaria Estadual de Saúde, que irá apontar se a causa da morte foi por conta da doença transmitida pelo mosquito Aedes.