Presos na Operação Top Up são transferidos para presídio em Campos dos Goytacazes

Quatro dos treze presos na operação Top Up, deflagrada pelo Ministério Público em conjunto com as polícias Civil e Militar na manhã desta quinta-feira (11), em Casimiro de Abreu, Cabo Frio e Rio das Ostras, foram transferidos para o presídio Carlos Tynoco da Fonseca, em Campos dos Goytacazes. Eles fazem parte da   quadrilha conhecida como ‘Máfia dos depósitos’, que praticava esquemas de corrupção. Além deles, também foram foram presos um policial civil e sete militares, todos em cumprimento à mandados de prisão. Os indiciados cobravam propina para a liberação indevida de veículos apreendidos.Outra pessoa foi presa em flagrante por peculato.

O serralheiro Celio Alexandre Vieira Siqueira, o gerente do depósito WO Magalhães, Luiz Rogério Batista Machado, o dono do depósito, Washington de Oliveira Magalhães e o Guarda Municipal de Casimiro de Abreu,
Fabio de Souza Ribeiro Gomes, passaram a manhã desta sexta-feira (12) na delegacia de Macaé. Já com os uniformes da unidade prisional, eles foram levados para Campos no início da tarde.

Já os policias presos na operação foram levados diretamente para a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói.

No esquema envolvendo a apreensão de veículos, os criminosos definiam quais deles deveriam ser levados para o depósito e quais deveriam ser liberados com o pagamento de propina. Segundo o MPRJ, o esquema é liderado pelo policial militar Vander Salgueiro Veiga, junto com Washington de Oliveira Magalhães, vulgo Pimpolho, e Luiz Rogerio Batista Machado, respectivamente responsável legal e gerente do depósito de veículos.

As diligências também resultaram na apreensão de quatro armas e variadas  munições, além de  R$ 115 mil em espécie, quatro carros,  computadores e outros dispositivos eletrônicos.

De acordo com o MPRJ, Vander utilizava-se da condição de PM e chefe da 3ª Companhia de Rio das Ostras para solicitar, receber e dar vantagem indevida consistente na liberação ilegal de veículos apreendidos. Ainda segundo o MP estadual, Pimpolho também era responsável por autorizar e solicitar a troca de peças boas de veículos apreendidos por peças danificadas.

A ação contou com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Corregedoria da PM, da Coordenadoria de Inteligência da PM (CI-PMERJ) e do DETRAN.