Prefeito de Niterói, Rodrigo Neves é preso por força-tarefa da operação Lava-Jato

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, foi preso na manhã desta segunda-feira (10) por policiais civis que integram a força-tarefa da Lava-Jato no Rio. Ele foi denunciado por desvio de mais de R$ 10 milhões da verba de transporte do município.

Agentes chegaram ao prédio em que ele mora, em Santa Rosa, por volta das 6h, e fazem buscas no local. Equipes do Ministério Público do Estado do Rio participam da ação.

A operação, baseada em delação do ex-dirigente da Fetranspor Marcelo Traça, também cumpriu outros três mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Traça também foi denunciado pelo MP.

Domício Mascarenhas de Andrade, ex-secretário de Obras de Niterói, é apontado por arrecadar as quantias e negociar com os representantes dos consórcios.

Além dele, outros dois empresários foram presos: João Carlos Félix Teixeira, presidente do consórcio TransOceânico e sócio da Viação Pendotiba, e João dos Santos Silva Soares, presidente do consórcio Transnit e sócio da Auto Lotação Ingá.

Todos vão responder por peculato e corrupção ativa e passiva.

O prefeito de Niterói é apontado como líder de esquema que cobrava das empresas de ônibus consorciadas do município 20% sobre os valores do reembolso da gratuidade de passagens. O benefício é concedido a alunos da rede pública de ensino, idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais.

A denúncia afirma que Neves atrasava o pagamento do reembolso das gratuidades como forma de pressionar as viações a garantir sua parte no acordo. O esquema também previa o combate ao transporte clandestino de passageiros para que os consórcios operassem sem concorrência.