Ministério Público e Polícia Civil fazem operação para prender acusados de tráfico em Macaé

A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) deflagraram na manhã desta terça-feira (4), em Macaé, a Operação Falkland,  para cumprir oito mandados de prisão preventiva contra denunciados por associação para o tráfico e comércio de drogas, com emprego de arma de fogo. A ação, desencadeada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ,) em conjunto com a Delegacia de Combate as Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Estado, é fruto de decisão da Justiça a partir de denúncia apresentada pelo GAECO/MPRJ junto à 1ª Vara da Comarca de Macaé.

São alvos da operação: Carlos Moraes de Souza (vulgo ‘Monstro’ ou ‘Monstrão’); Maximiliano Canuto (‘Guigui’ ou ‘2g’); Carlos Magno Machado Correa (‘Magno’); Hugo Almeida dos Santos (‘Firma do Baixinho’ ou ‘Hugão’); Renato Alves Soares (‘Rei’ e ‘Dutra’); Pablo Alves Vieira Silva (‘Piloto’); Wagner Paulo Rodrigues Rocha (‘Waguinho’); e Jairo Barroso de Oliveira. Além da prisão preventiva integrantes da organização criminosa, a operação abrange o cumprimento de mandados de busca e apreensão, tanto em Macaé quanto no Estado do Espírito Santo, onde se encontram três dos alvos denunciados.

Segundo o MPRJ investigações foram realizadas entre 24 de abril a 11 de agosto de 2018, e se concentraram na Malvinas, além de outras comunidades de Macaé dominadas pela facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos). Os denunciados fazem parte da facção criminosa, segundo o inquérito. O MPRJ aponta ainda, que os integrantes da organização utilizavam armas de fogo para monopolizar o tráfico de drogas em seus territórios, mantendo distantes os grupos rivais e intimidando a população local.

Para que a atividade criminosa funcionasse e expandisse seus negócios ilícitos, a associação criminosa, ao longo do tempo, construiu estrutura empresarial hierarquizada, tendo como foco a divisão de tarefas, em que cada membro desempenha atividade essencial para o sucesso da empreitada. O grupo era liderado por Luis Carlos Moraes de Souza, e os demais integrantes atuavam como gerentes de boca, vendedores e fornecedores de armas, entre outras funções.

A denúncia ressalta que os crimes eram cometidos próximos a unidades de ensino. Para fazer esse mapeamento, o MPRJ utilizou a  plataforma digital ‘MP em Mapas’, e concluiu que  bairros das Malvinas, Botafogo e Nova Holanda possuem cinco escolas: CM Eraldo Mussi, nas Malvinas; EM Prefeito Alcides Ramos, Botafogo; CM Botafogo, no bairro de mesmo nome; EMEI Prof. Marli Vasconcelos Lemos, também Botafogo; e EMEI Professora Maria das Graças da Silva Ribeiro, Nova Holanda.

Na condição de líderes da organização criminosa, Luis Carlos Moraes de Souza e o gerente Maximiliano Canuto foram enquadrados por tráfico e associação ao tráfico, respectivamente de cinco a quinze anos e de três a dez anos de prisão, com incidência em ambos das causas de aumento de pena. Os demais denunciados responderão por associação ao tráfico (três a dez anos), igualmente com a incidência das causas de aumento do artigo 40.  Ainda não há um balanço da operação.