Veja os golpes comuns utilizados por hackers no Instagram e como evitá-los

O Instagram é bastante utilizado por scammers (fraudadores, em tradução direta) para aplicar diferentes golpes nos usuários do aplicativo, disponível em celulares Android e iPhone (iOS). A maioria dos esquemas utiliza perfis falsos para representar pessoas ou empresas e, assim, enganar vítimas com base em uma relação de confiança. Outra prática frequente na rede social é o phishing, que consiste no roubo de informações a partir de links falsos.

Sete dicas para descobrir se um site é falso e evitar golpes online:

Entre as ações que podem ser solicitadas pelos golpistas estão enviar dados pessoais ou bancários, informar credenciais de login, acessar links de sites comprometidos ou realizar pagamentos. Após seguir as instruções dos bandidos, o usuário pode perder o acesso à conta, sofrer prejuízos financeiros e até ter o perfil utilizado para pedir dinheiro a conhecidos. O TechTudo listou os nove golpes mais comuns no Instagram e dicas para os usuários se protegerem.

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1. Golpe da verificação

O golpe da verificação consiste em enviar e-mails ou mensagens no Direct — seção para o envio de recados privados — alegando que alguém não autorizado tentou fazer login na conta. O texto inclui um link de redefinição de senha que direciona o usuário a uma página de login falsa, capaz de coletar as credenciais de acesso da vítima. Em outras modalidades da fraude, os criminosos justificavam a coleta de dados afirmando ter havido uma violação de direitos autorais por parte do usuário.

Uma versão do golpe de phishing identificada em 2019 prometia dar o selo de conta verificada em troca das credenciais da rede social. A fraude ocorria por meio de um site que simulava a página de requerimento de selo de verificação do Instagram. Nele, eram solicitados endereço eletrônico e senha do e-mail vinculado ao perfil. De posse desses dados, os criminosos conseguiam hackear a conta da vítima.

Vale lembrar que o processo de requisição de conta verificada no Instagram pode ser acessado apenas por meio das configurações da rede social. O formulário oficial do Instagram pede nome de usuário, nome completo e uma cópia de um documento oficial com foto, como carteira de motorista ou identidade. A rede social não querer dados confidenciais, como senhas, para fornecer o selo azul.

Além disso, o Instagram nunca envia mensagens oferecendo a conta verificada. Em caso de dúvidas, entre em contato com a Central de Ajuda (help.instagram.com), e nunca clique em links desconhecidos.

2. Porn bots

Outro golpe comum no Instagram é o dos “porn bots” (“robôs pornô”, em tradução livre). Nele, perfis falsos buscam atrair usuários para sites perigosos utilizando uma linguagem pornográfica e promessas de encontros nos comentários de publicações famosas. Os bots são comandados por sistemas automatizados e, assim que um comentário é feito, outros perfis falsos o curtem para aumentar sua visibilidade e chamar a atenção.

A prática se proliferou em perfis de influenciadores, cujo alto alcance fornece espaço para que pessoas reais acessem o perfil do bot e possam, ao final das instruções, marcar supostos encontros íntimos, assistir shows privados online ou participar de grupos de sexo. As contas usam o Linktree e o Bit.ly para distribuir links para sites perigosos. O melhor jeito de evitar ter seus dados roubados é não abrir os perfis e, principalmente, não clicar nos links que eles trazem na bio.

3. Catfish (ou ‘Scam Romance’)

O termo “catfish” é usado para se referir a pessoas que criam perfis falsos na Internet para enganar usuários emocionalmente e financeiramente. No Instagram, os fraudadores utilizam fotos de homens ou mulheres atraentes para criar atrair vítimas, enredá-las numa relação falsa e conquistar sua confiança.

Depois que o usuário se sente confortável, os golpistas tendem a solicitar dinheiro. Os pedidos começam com quantidades pequenas e vão evoluindo para maiores quantias. Também é comum que os criminosos pratiquem sextorsão, ameaçando vazar fotos íntimas da vítima.

Para não cair em golpes do tipo catfish, pesquise o nome e as fotos da pessoa no Google. Os golpistas usam imagens e informações de outros usuários, geralmente com boa aparência, para atrair as vítimas. Além disso, proponha uma conversa por vídeo. Essa é uma forma de descobrir se a pessoa é realmente a mesma das fotos usadas no perfil. Por fim, nunca envie dinheiro a desconhecidos.

4. Ofertas de trabalho falsas

É comum que recrutadores abordem candidatos em redes sociais, sobretudo no LinkedIn, e peçam currículos. Sabendo disso, golpistas enviam mensagens no Instagram anunciando ofertas de emprego falsas para obter dados pessoais de maneira rápida e sem levantar suspeitas.

Para se proteger desse golpe, é indicado verificar as páginas oficiais da empresa mencionada e confirmar a oferta dos cargos listados. Além disso, também é importante averiguar se existe um portal oficial da empresa para o envio de currículos. Havendo, opte sempre pelo canal oficial.

5. Sorteios falsos

Muitas empresas fazem sorteios de produtos ou serviços visando aumentar o número de seguidores e o engajamento no Instagram. Justamente por isso, golpistas passaram a se aproveitar dessa atividade para coletar informações pessoais. Eles copiam o perfil de uma marca legítima e hospedam uma oferta falsa.

Depois de receberem respostas suficientes, os criminosos selecionam os “vencedores” do golpe. Com o pretexto de enviar o prêmio, os criminosos solicitam nome, e-mail, telefone e outras informações que podem ser usadas para roubar a identidade das vítimas. Portanto, antes de participar de uma promoção, verifique se ela está hospedada nos canais oficiais da loja. Além disso, sempre desconfie de pedidos de dados muito extensos.

6. Lojas e marcas fraudulentas

Muitos fraudadores mantêm marcas de fachada para aplicar golpes em compradores do Instagram. Eles anunciam produtos com preços baixos e atrativos, mas que são falsos ou de qualidade inferior. Há ainda o caso de mercadorias sequer existem e nunca são entregues ao consumidor. Marcas legítimas também podem ter seus perfis clonados ou invadidos.

Para escapar desse golpe, é recomendado procurar avaliações sobre a loja em plataformas como Reclame Aqui. Vale ainda consultar o status do CNPJ do estabelecimento no site da Receita Federal e verificar se o e-commerce consta da lista de lojas suspeitas do Procon-SP. Se não encontrar informações sobre a loja na Internet, ou mesmo se deparar com informações suspeitas, não compre.

7. Golpe do falso patrocínio

Por conta do aumento de pessoas que desejam se tornar influenciadoras digitais e ganhar dinheiro produzindo conteúdo para as redes sociais, algumas marcas fradulentas passaram a promover golpes disfarçados de oportunidade de patrocínio. Neles, os golpistas abordam o influencer com uma proposta de parceria e pedem que ele pague por fretes caríssimos de supostos produtos gratuitos.

Se você receber mensagens do tipo, desconfie. Isso porque, em parcerias legítimas, a empresa não deve fazer cobranças para enviar o produto de divulgação. Além disso, parcerias entre famosos e grandes marcas costumam funcionar por meio de códigos de afiliados, que são incluídos pelos seguidores no checkout das compras.

8. Cursos enganosos

Outro golpe comum no Instagram é o da venda de cursos falsos ou enganosos. Cada vez mais pessoas mal intencionadas têm usado a rede social para vender cursos sobre temas que não dominam. As aulas, que têm custo elevado e costumam não oferecer certificado, são comumente direcionadas aos usuários que desejam evoluir em suas carreiras ou ingressar em um novo setor.

Classes fraudulentas podem ser identificadas por meio de pesquisas em fóruns online, local onde as pessoas compartilham suas experiências. Além disso, é recomendado buscar sobre a formação dos instrutores do curso no LinkedIn ou no Google. Assim, as chances de cair em golpes serão menores.

9. Compra e venda de seguidores

Muitas empresas e influenciadores ainda recorrem à compra de seguidores na tentativa de obter mais visibilidade e conferir credibilidade à marca ou perfil. Sabendo disso, golpistas buscam tirar vantagens dos compradores, prometendo seguidores baratos ou “amostras grátis” do serviço em troca de informações de login do Instagram.

Em alguns casos, os dados do cartão de crédito são solicitados para “processar a compra e prosseguir”. Assim, além de ficar sujeito a perder o acesso ao perfil, o usuário pode sofrer prejuízos financeiros. Escapar desse tipo de golpe é simples: basta não comprar seguidores no Instagram. Além de não trazer melhorias para o engajamento do perfil, a prática é proibida pelo Instagram, que pode punir a conta.

Com informações de MUO e We Live Security