Fiscalização ambiental mira imóveis de Macaé com irregularidades na coleta de esgoto

Fiscais da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade de Macaé, no Norte Fluminense, iniciaram, nesta terça-feira (23), uma ação para verificar irregularidades na coleta de esgoto de imóveis no Parque Valentina Miranda.

Um relatório da concessionária BRK, que atuou nas obras de implantação do sistema de coleta de esgoto, mostra que a maior parte da casas do bairro ainda não está interligada à rede.

Por meio da ação, os proprietários são notificados, ganhando prazo de 30 dias para a adequação.

“A ação de fiscalização ambiental nas residências e comércios é para notificar aqueles que ainda não se ligaram na rede, que está pronta. Recebemos um relatório da BRK informando que 75% do bairro não fez esta interligação”, explicou a secretária de Ambiente e Sustentabilidade, Isaura Sales.

Quem não cumprir a determinação dentro do prazo estipulado está sujeito a receber uma multa, conforme especifica o Código Municipal de Meio Ambiente, Lei Complementar 027/01.

O gerente de operações da BRK, Renato Miranda, salientou que o papel da concessionária é apoiar a Secretaria de Ambiente, incentivando e conscientizando a população.

“Nos bairros Valentina Miranda e Imbetiba implantamos 15 Km de rede coletora de esgoto, cinco estações de bombeamento e 1600 ligações. Já foi feita uma reunião com a Associação de Moradores para conscientizar e explicar sobre a importância da ligação de esgoto”, detalhou.

Impacto na Praia de Imbetiba

 

Fiscais ambientais percorreram o Parque Valentina Miranda onde maior parte das casas não está interligada à rede de esgoto impactado a Praia de Imbetiba — Foto: Bruno Campos/Prefeitura de Macaé

A falta da ligação na rede de coleta de esgoto impacta na Praia de Imbetiba, foi o que análises da água detectaram.

“Realizamos coletas de águas na praia para fazer as análises de balneabilidade. De posse dessas análises a gente consegue saber quais são os locais mais sensíveis, que estão sofrendo contaminação do esgotamento sanitário, para que a prefeitura e a BRK possam atuar de maneira mais incisiva nesses pontos”, salientou a chefe de fiscalização e monitoramento do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Laila Bekai.