Desde janeiro de 2018, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) passou a cobrar o consumo de energia por meio de dois tipos de tarifas. Além da convencional, foi criada a”Tarifa Branca”. O consumidor poderá escolher qual delas prefere. Com a tarifa branca, o consumidor passa a ter possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da semana.
Um ano após o início da vigência da tarifa branca de energia, é baixa a adesão a esse modelo de cobrança. Embora o sistema proporcione economia na conta de luz, particularmente para consumidores que utilizam energia fora do horário de pico (fim de tarde e início da noite), o número de unidades consumidoras que optaram pela modalidade correspondeu a menos de 1% do potencial para o período. Falta de conhecimento e informação, dificuldade de entendimento e riscos envolvidos estão entre os motivos sugeridos por especialistas para esse fraco desempenho. É preciso avaliar bem a conta para saber se vale a pena ou não.
O que é a tarifa branca?
É um método alternativo de cobrança para a conta de luz. Ao contrário do modelo convencional, que cobra o mesmo valor por kw/h independentemente da hora do dia em que ele é consumido, a tarifa branca é mais barata fora do horário de pico e mais cara durante esse período. Segundo a agência reguladora, a conta de luz poderá ficar de 10% a 20% mais barata para o consumidor.
Quem poderá aderir?
A tarifa branca é oferecida aos consumidores ou empresas que estiverem localizados em áreas atendidas em baixa tensão (127V, 220V, 380V ou 440V). Essas áreas são denominadas de “grupo B”.
Como funcionará a cobrança da tarifa branca?
Para calcular a tarifa branca, a Aneel divide os dias úteis em três períodos distintos: ponta (as três horas de maior consumo de energia de cada distribuidora – geralmente, as primeiras horas da noite), intermediário(uma hora anterior e posterior ao horário de ponta) e fora de ponta (todos os outros horários). Na ponta e no intermediário, os valores cobrados serão mais caros. Fora da ponta (ou, seja, longe do pico), mais baratos.
Quais cuidados é preciso ter antes de aderir à nova tarifa?
É recomendado quatro cuidados principais antes e depois da adesão. O primeiro é entender como a tarifa realmente funciona. O segundo é estudar se é possível flexibilizar o consumo de energia, reduzindo-o no horário de pico [ponta]. Em terceiro, tomar cuidado com eventuais custos que a distribuidora possa cobrar para realizar a mudança. Por fim, buscar ferramentas de comparação entre tarifa branca e convencional, que devem ser lançadas nos próximos meses.
E se o consumidor se arrepender de aderir à tarifa branca?
O consumidor pode retornar à tarifa convencional a qualquer momento. A distribuidora terá 30 dias para fazer a mudança no método de cobrança. Mas atenção: após o retorno à tarifa convencional, uma nova adesão à tarifa branca só será possível após 180 dias.
Fontes: Aneel / Época / Em.com.br / Enel