Suspeito detito ontem em Arraial do Cabo no caso da catarinense morta é ouvido e liberado

Há informações de que outro elemento, que estaria com ele, teria deixado a cidade rumo ao Maranhão.

Pelo menos sete pessoas foram ouvidas até agora, entre elas o amigo da vítima Cassius Machado, que motivou a ida de Fabiane para Arraial do Cabo.

Agentes da Guarda Ambiental Marítima da prefeitura de Arraial do Cabo, detiveram no fim da tarde desta quinta-feira (22), um elemento suspeito da morte da turista de Florianópolis (SC), Fabiane Fernandes, de 32 anos, que foi brutalmente assassinada.

A Polícia Civil investiga o caso. A jovem desapareceu em uma trilha no último domingo (18), e seu corpo foi encontrado no dia 21, sem roupas e com marcas de violência na mata do Morro da Cabocla.

O suspeito, oriundo do Maranhão, estava acampado em uma construção abandonada no Pontal do Atalaia. Há informações de que outro elemento, que estaria com ele, teria deixado a cidade. Após prestar depoimento na sede policial, o homem foi liberado.

A hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, não está descartada pela polícia. Pelo menos sete pessoas foram ouvidas até agora.

O delegado Renato Mariano, titular da 132ª DP pediu a quebra do sigilo telefônico de Fabiane, analisou parte das informações até agora e já viu que o amigo da turista fez várias ligações pra ela no dia do desaparecimento.

As equipes de investigação estão agora atrás de imagens de câmeras de segurança que possam apontar pra um suspeito.

O delegado acredita que além de ter sido assassinada, Fabiane também tenha sido estuprada ou vítima de latrocínio, já que a bolsa dela foi encontrada com documentos, mas sem dinheiro.

Fabiane era administradora e proprietária de uma pousada em Florianópolis, Santa Catarina. Segundo a polícia, a turista estava em Arraial do Cabo com um amigo que é representante comercial e também é de Santa Catarina.

Cassius Machado, que motivou a ida de Fabiane para Arraial do Cabo, já foi ouvido no inquérito. Segundo o delegado, ele mora em Porto Alegre, trabalha com venda de produtos e tem negócios na região.

– Foi ele quem comunicou o desaparecimento de Fabiane ao Corpo de Bombeiros. Ele contou que era amigo dela, e que em conversas pelo aplicativo Instagram a mulher viu fotos de Arraial do Cabo e quis muito conhecer a cidade. Foi alugado um apartamento para ela, e Cassius foi trabalhar. Por volta das 10h do domingo, Fabiane enviou uma mensagem pelo WhatsApp perguntando a ele como pedir um Uber na cidade, mas ele disse que só foi ver por volta das 14h daquele dia. Ele mandou mensagens de volta, mas ela não visualizou. Por volta das 19h30 ele telefonou, mas Fabiana não atendeu.

No domingo (18) pela manhã, Cassius teria saído pra trabalhar e Fabiane decidiu fazer uma trilha. Antes, a jovem tomou café da manhã em uma de conveniência. Às 11 horas postou uma foto no perfil dela em uma rede social indicando que estaria em uma trilha no Pontal do Atalaia.

Porém, a imagem mostra a trilha da Prainha, no bairro de mesmo nome. Depois do post, Fabiane não deu mais notícias.

Foram três dias de buscas e o corpo da turista foi localizado nesta quarta-feira à tarde. Fabiane foi encontrada no meio da mata de uma àrea dominada pelo tráfico de drogas.  A princípio foi informado que uma cadela da Guarda Municipal havia localizado o corpo. Porém, a informação agora é de que um vigia que trabalhou como voluntário nas buscas foi o responsável por localizar a vítima.

A Polícia Civil aguarda o resultado do laudo da Polícia Técnica, que irá ou não apontar se a turista sofreu algum tipo de violência sexual. O corpo de Fabiane passou por autópsia na manhã desta quinta-feira (22) no Instituto Médico Legal (IML) de Araruama. A causa da morte da jovem, segundo o laudo preliminar, foi um traumatismo crânio-encefálico e traumatismo de face motivado por ação contundente, ou seja, ocasionado por golpes com algum objeto. No local do crime foram encontradas pedras com manchas de sangue.